Goiana. Pernambuco. Carnaval de 1999. Um jovem de dezessete anos é presenteado com uma burrinha e decide desfilar usando-a no Bloco dos Professores (tradicional bloco carnavalesco da cidade). Surge Serginho da Burra. Quando criança, era vizinho de Luiz Gomes e mantinha contato recorrentemente com figuras que traziam a cultura impregnada em seu próprio sangue como Olavo, Seu Dudu, Luis do Buraco da Gia e Zé do Carmo[1]. O gosto por ouvir música regional (coco de roda, macaratu, pastoril, babau, cavalo-marinho) só fez acrescentar o que na infância esteve a todo o momento em seu cotidiano.
O tempo passou e cada vez mais pessoas começaram a solicitar a presença de Serginho da Burra em eventos. O artista popular tornou-se também mestre de cerimônias. No currículo de Serginho da Burra constam o Alafia (Goiana), Festival Canavial (intinerante), Festa da Lavadeira (Praia do Paiva), Festival de Inverno de Garanhuns (Garanhuns), Encontro de Bois (Olinda) e o Projeto Imaginário Pernambucano (Brasília), A Teia 2008, por exemplo. Vale ressaltar que em todos esses eventos ele viajou com recursos próprios e com a ajuda de amigos. O artista e mestre de cerimônias ainda participou de projetos sociais na sua cidade de origem.
Vale ressaltar que Serginho ainda é organizador do tradicional coco de roda em Goiana na casa do Rei do Coco Sebastião Grosso, festa que atrai sempre os holofotes jornalísticos dos maiores veículos de comunicação de Pernambuco (Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco, Rede Globo) e que a cada ano traz um número maior de turistas e amantes do coco para o Bairro do Mutirão.
A cada ano, a burra ganha uma nova fantasia. O goianense já homenageou o pastoril profano, cem anos de frevo, cem anos dos Caboclinhos Caetés, maracatu de baque virado, maracatu de baque solto dentre outros. O fato é que Serginho da Burra leva adiante a cultura de Pernambuco. Sempre repleto de alegria e disposição, ele anima a todos por onde passa.
[1] Figuras folclóricas da cidade de Goiana.
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